25 setembro 2011

TORNAR-SE PACIFICADOR NA ESCOLA

Nas escolas, que é o foco deste blog, para que um educador torne-se um pacificador, ele necessita ser um grande exemplo de valores e de  atitudes (proativa, amorosa, pacífica e não-violenta). Somos uma referência muito importante para nossos educandos e sendo assim, poderíamos dividir responsabilidade pelo bem-estar de todos e criar juntamente com eles, estratégias diárias ou semanais para se criar um escola-sala de aula pacífica, identificando possíveis alunos que poderiam assumir a responsabilidade geral de coordenação deste empreendimento.

Mas é importante frisar que este esforço deve ser cada um de nós, não só da escola, como da família, da comunidade e autoridades políticas, porque educar para a paz exige a constante participação e investimento  de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

A forma como cada educando se relaciona consigo mesmo é a base para a sua percepção do mundo e do seu realcionamento com o próximo. Segundo Drew, em seu livro "A Paz também se aprende", a auto-estima e eu acrescento a auto-imagem quando bem direcionadas influenciam todas as ações, interações e reações, então quaisquer atividades que desenvolvam as atitudes pacificadoras os prepararão para uma relação eu e o outro muito mais saudável.

A estratégia que os educadores devem promover nestas situações, deve focar o desenvolvimento de exercícios de (auto) reflexão e de visualização das possibilidades de pacificação e desenvolvimento de atitudes de não-violência para que os educandos percebam como estabelecer uma melhor forma de respeito nos relacionamentos consigo próprio, com os demais e com a vida.

Estas atividades devem ajudá-los a promover mediações para a resolução criativa e positiva dos conflitos ao invés de reagir de forma instintiva aos acontecimentos de dentro ou de fora da escola.

A paz começa em cada indíviduo, então quando um educando está com a sua autoestima positiva e com a sua auto-imagem bem formada, ele com certeza terá as condições necessárias para tornar-se um defensor da paz e da não-violência.

Mas, quando a autoestima e a auto-imagem estão comprometidas, com reflexos vivenciados através da violência cotidiana, eles com certeza, muitas vezes utilizarão o corpo e as mãos para agredir e não para construir, porque são indíviduos que não estão felizes consigo mesmo e nem com a sua vida.

Trabalhar com atividades artísticas e de conscientização corporal, também poderão orientá-los e ajudá-los neste trabalho proativo para estabelecer a paz na escola e em suas vidas individualmente, até atingir outras esferas sociais em que eles vivem.

Muita paz!




21 setembro 2011

TORNAR-SE PACIFICADOR

Você sabe como se tornar um pacificador em casa, no trabalho, na escola... enfim na sua vida?

Paz é harmonia, então para estabelecê-la  nas relações intra e interpessoais e  em quaisquer lugares que nos encontrarmos, a veneranda Joanna de Ângelis no livro Vida Feliz, através de Divaldo Franco,  nos sugere no texto abaixo que façamos um esforço para tornarmo-nos pacificadores:

"Torna-te pacifidador.

Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.

Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espíríto de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamados de ódio.

Confia na força da não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti."


Segundo o dicionário "pacificador" é aquele que pacifica,  com isso, para que a paz realmente  floresça em nossas mentes e  corações torna-se importante diferenciar a palavra pacífico de passivo.

Paz não é sinônimo de passividade, acomodação e ou inércia, como muito de nós pensamos equivocadamente, mas sim ação, proatividade, aprendizagem, transforma-ação, conquista e luta cotidiana.

Pacífico - Pacificador: é aquele indíviduo que age, atua na construção e no estabelecimento da paz, contribuíndo com a harmonia pessoal, social e ambiental,


Passivo: é aquele que não ajuda nesta construção, mas atrapalha, porque mesmo não sendo violento ou desarmônico; mesmo percebendo situações conflituosas em seu contexto,  não constrói nenhuma ação pela paz.

Então, na atual situação beligerante em que nos encontramos, faz-se necessário criar e fomentar atitudes proativas para a construção e desenvolvimento da Cultura da Paz e Não-Violência Ativa em quaisquer áreas de atuação de nossas vidas!


Muita paz para todos!

Colabore conosco e nos diga quais ações você fomenta ou pretende criar para construir ou desenvolver a paz em sua casa, no trabalho, consigo mesmo,  com a família, a comunidade, etc. Publique um comentário com suas sugestões!

14 setembro 2011

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PARA A PAZ 3


Para você compreender a importância deste livro, reproduzo o prefácio da edição brasileira, por Moacir Gadotti:

EDUCAR PARA A PAZ EM TEMPOS DE GUERRA

Esse livro, com fundamento numa filosofia do homem de­mocrático, oferece técnicas e exercícios pedagógicos para for­mar o cidadão instituinte da paz. Ele foi escrito originalmente a partir de uma sociedade de abundância, onde os traba­lhadores já conquistaram condições de cidadania elementares. Por isso, os editores se viram obrigados a processar adaptações que o tornem mais adequado à realidade brasileira. O objetivo porém é o mesmo: educar para a paz em tempos de guerra. É porque estamos em guerra que é necessário educar para a paz.

Há países em que na relação entre guerra e paz, a paz leva vantagem. Mas há outros, como o nosso, em que a guerra — não declarada — está mais presente e facilmente pode ser verificada pelo número de crianças que morrem de fome por dia, pela subnutrição, pela miséria, pela falta de moradia, pela falta de terra para trabalhar, pela falta de empregos, pela falta de saúde, educação, saneamento básico, enfim, pela falta de acesso aos mínimos direitos de vida com qualidade que uma democracia deve oferecer.

Isso me leva a dizer que a paz não é uma doação. Não se chega a ela por instinto humano. Ela é conquistada pela luta. Daí a necessidade de instrumentos de luta para a paz como esse livro. Portanto, ele não pode ser visto como obra de sonhadores, mas de promotores de utopias concretas. Isso exige constante apelo às condições reais de vida onde existe o diálogo entre os diferentes e os iguais, mas também o conflito entre antagónicos. Nas sociedades capitalistas o conflito entre capital e trabalho é o aspecto fundamental que explica a inexistência da paz, nelas, a guerra é fruto do conflito entre a produção de bens que é socialmente produzida pelos trabalhadores, mas é acumulada privadamente pelo capital.

Não se pode pedir aos despossuídos, tão numerosos entre nós, aos oprimidos, aos que não têm opções, que eles aceitem um consenso pacífico em torno de opções comunitárias, quando a comunidade de iguais não existe. Quero dizer que é necessário promover uma educação para a paz, com as técnicas e a filosofia propostas neste livro, mas é preciso recordar a passagem bíblica da relação entre a paz e a espada: para o oprimido, a luta para a paz passa pela justiça social. Isso implica inevitavelmente, o conflito social.

Este livro deve preparar para a paz, para buscarmos juntos novas soluções, uma perspectiva de paz interior e paz familiar. Porém, aceitando sempre a necessária e vital tensão, não somente existente entre pessoas que buscam superar seu inacabamento antropológico, mas, também a tensão resul­tante de uma situação estrutural de injustiça.

Este livro estimulante é também um apelo para a tolerância e o pluralismo. Mas o homem tolerante e pluralista não é aquele que, por exemplo, compra todos os produtos de um supermer­cado. Por que há produtos velhos, mofados, inúteis e supérfluos. Existem produtos que podem provocar doenças. O pluralismo é uma filosofia do diálogo. Ser pluralista significa dialogar com todas as posições. Não significa adotar a todas elas, o que não seria pluralismo, mas incoerência lógica e portanto, negação de postura ético-filosófica. Ser pluralista e tolerante e descobrir a beleza da diferença.

Toda forma de educação é política. Educar para a paz é uma proposta política-pedagógica. Uma visão funcionalista e mecanicista da educação recusaria discutir as implicações políticas da ação educativa. Educar para a paz é educar para a autonomia que significa auto-governo. O liberalismo educa­cional arcaico e autoritário visava a formar os alunos para serem meramente governados. Educar para a autonomia, segundo os princípios democráticos e populares, significa formar os alunos para serem governantes.

Enfim, é preciso entender que a perspectiva de uma harmonia progressiva indo do individual-particular para o coletiuo-uniuersal, como pretendia o fundador do taoísmo, Lao Tsé, é praticamente impossível. A paz só se obtém, dialética e contraditoriamente, na busca da justiça. As crianças e adoles­centes devem aprender isso antes de se tornarem adultos, mas não aprenderão isso se nas escolas não existir um plano mais preciso de educação para a paz.

Existe outro aspecto para o qual este livro pode contribuir: a paz nas famílias, porque é lá que as crianças aprendem muitos dos valores e práticas que realizam depois. É imperioso que este livro seja lido também pêlos pais e pelas mães. Os exercícios não podem ser apenas para os meninos. Eles devem envolver os pais, devem ser completados por eles, junto com eles. E se os pais forem analfabetos? Não se poderia imaginar outra forma de comunicação como o vídeo ou o cassete? Imbuído de um espírito democrático e com recursos a sua disposição, o educador popular saberá completar este livro.

Felicito os editores pela ideia de traduzir e adaptar esta obra que ajudará a todos nós educadores e educandos a adotar a democracia como valor fundamental para a construção de nosso futuro, deixando para trás a tradição do autoritarismo e da discriminação que tanto marcaram e ainda marcam a sociedade brasileira.

Moacir Gadotti

Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo



Boa leitura e muita paz!



05 setembro 2011

Meditação Permanente da Paz




Vídeo do Movimento de Meditação Permanente da Paz.

Conheça o movimento e participe!

Escolha um horário, um dia e ofereça sua meditação pela PAZ.

CARTILHA DOS DIREITOS E DEVERES EM EDUCAÇÃO


Você sabe quais são os direitos legais de todo cidadão e dos nossos governantes em relação à Educação, seja ela pública ou privada?

Segundo a nossa Legislação, a  Educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. Todos têm direito à educação e o Governo é obrigado a proporcionar condições para que existam escolas prontas para receber os alunos.

A Cartilha dos Direitos e Deveres na Educação, que ora se apresenta, tem por objetivo facilitar a vida de todos, transmitindo, de uma forma clara, os itens já pacificamente aceitos tanto pelo Governo, como pelas escolas e pelos alunos.

É o resultado de pesquisas dos especialistas do Centro de Direito Educacional do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação que, ao longo dos anos, vem selecionando as principais dúvidas do dia-a-dia dos participantes das relações juspedagógicas.

Esse conjunto de documentos constituem os direitos na educação ou, mais modernamente chamado, o Direito Educacional. São, na prática, milhares de textos legais que dizem o que deve e o que não pode ser feito e, em inúmeros casos, há divergências e conflitos de interpretações, causando grandes dúvida pelos alunos e demais membros da comunidade educacional.

A Cartilha estará sempre sendo ampliada pois novas questões irão surgindo e as respostas irão ocorrendo dentro de um processo natural de apoio à existência de um clima de harmonia entre os membros de uma comunidade.

Acesse o site do IPAE (Instituto de Pesquisa e Administração da Educação), e conheça quais são os nossos direitos em relação à Educação:

http://www.ipae.com.br/direitoeduca/cart_direit_educ.htm