29 dezembro 2011

FELIZ ANO NOVO! FELIZ TRANS-FORMA-AÇÃO!


“Somos a transformação que queremos no mundo.”
Mahatma Gandhi
 

Abro espaço para esta publicação não só para desejar um Ano Novo cheio de realizações nas práticas da paz, do amor, do bem, do belo e do verdadeiro, como também para anunciar que 2012 será marcado como o "ano das ações", das atitudes proativas e afirmativas, no campo da prática.

Embora a promoção de  ações sejam importantes no ano vindouro, não podemos esquecer e ou negligenciar  os aspectos dos conhecimentos (teóricos), pois estes serão sempre necessários, não só para dar base  de sustentação a quaisquer projetos que estejamos imaginando e criando, como também para  nos ajudar no processo de libertação da ignorância, do medo, do egoísmo e de outros atavismos.

A palavra "ação" vem do verbo "agir" que significa: o estado ou processo de agir ou de fazer; , um ato ou algo feito ou realizado; atividade organizada para atingir um objetivo; a causa de uma mudança pelo exercício de poder ou de um processo natural; um movimento ou uma série de movimentos, a partir de um ato; uma a atividade vigorosa; um comportamento ou conduta; uma série de eventos e episódios que formam a trama de uma história, etc.

Toda ação feita de bom coração será bem-vinda! Por isso sugiro que cada um de nós crie e  inclua em nossa programação e na listas de objetivos para 2012, alguma ação importante para ajudarmos na construção da Cultura da Paz e Não-Violência Ativa.

Esta ação pacífica e pacifista (nunca passiva) poderá ser desde uma ação simples até uma complexa, desde que seja dentro das nossas reais possibilidades e da melhor forma que pudermos realizar, em casa com a família, no trabalho, na vizinhança, na comunidade, com a natureza, etc.

O mais importante é que no processo da construção da Cultura da Paz, a  ação pensada  deverá  produzir ou pelo menos  impulsionar  alguma  trans-forma-ação em nosso comportamento (vida) e  ou levar as  pessoas ao nosso redor  a  refletirem sobre a importância da mudança e das suas possibilidades de realização,  para que assim, possamos vislumbrar  novas formas de convivência e  viver com uma melhor qualidade de vida.

Já a palavra "transformação" vem do verbo "transformar" que significa: ato ou efeito de transformar (se); dar (nova) forma; converter; mudar;  transfigurar;  metamorfosear; transmudar; transmutar, resignificar, etc.

Como transformar é algo bem mais complexo e profundo do que imaginamos, que exige de nós um processo de aprendizagem,  não podemos deixar de lançar mão do tempo, pois mudar implica alteração das características mais relevantes das coisas e das situações e não somente uma modificação superficial e simplista para maquiar a realidade.

Portanto, se queremos realmente  um mundo melhor, mais  humano,  ético, feliz, pacífico e  amoroso;  menos violento, desvairado e agressivo  precisaremos dedicar nosso precioso tempo neste desafio, emulando ações transformadoras, sejam elas de opinião, de comportamento, de vida pessoal, social e ambiental...

Não esquecendo que todo processo de trans-forma-ação deve ser progressivo e contínuo, não podemos pensar que acontecerá da noite para o dia. A cada dia devemos nos esforçar para vivermos uma vida melhor (acertando-errando, mas sempre compreendendo(se), perdoando (se), amando (se).

E para concluir, é necessário que utilizemos mais a Arte, com todo o seu poder transformador em nossa vidas para que possamos (re) criar  e  (re) inventar novas possibilidades de viver a vida com paz, amor, beleza, bondade, caridade,  felicidade, verdade, ética, otimismo, gentileza...

Veja então, o clipe da canção "Tempo Rei" de Gilberto Gil, onde o tempo é simbolizado como um importante instrumento para nos ajudar a transformar as velhas formas do viver, clique no link abaixo:


http://www.youtube.com/watch?v=CTJdrLuNVzQ


Feliz Ano Novo, repleto de ações, tras-forma-ções e realizações!

Muita paz!

27 dezembro 2011

MEDITAÇÃO PELA PAZ MUNDIAL

TERMINE O ANO COLABORANDO COM A PAZ DO MUNDO!

E COMECE O PRÓXIMO PROJETANDO UMA AÇÃO INDIVIDUAL E OU COLETIVA PARA A CONSTRUÇÃO DA CULTURA DA PAZ!


 


 
UMA DAS FORMAS DE CONSTRUIR A CULTURA DA PAZ  É ACESSARMOS INDIVIDUALMENTE E OU EM GRUPO O CAMPO DE RESSONÂNCIA MÓRFICA DA PAZ,  E É ATRAVÉS DA MEDITAÇÃO QUE CONSEGUIREMOS ESTE ACESSO!

NESTE DIA ESPECIAL (31/12 - ÀS 10H) ONDE ESTIVERES (EM CASA, NA RUA, NO TRABALHO, NO LOCAL DO ENCONTRO, CASO POSSA IR), NÃO IMPORTA O LUGAR, BASTA APENAS QUE VOCÊ USE TODA A SUA VIBRAÇÃO PARA A PAZ: RESPIRE, SILENCIE, PENSE, MENTALIZE, REFLITA, SINTA..., COLABORANDO COM A SUA ENERGIA PARA A PAZ DO MUNDO!

TODOS SOMOS POTÊNCIAS DE PAZ!

FELIZ ANO NOVO!

MUITA PAZ

23 dezembro 2011

FELIZ NATAL PARA OS QUERIDOS LEITORES!



"Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte! O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu! Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também. Onde nada está tu habitas e onde tudo está - (o teu templo) - eis o teu corpo.

Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.

Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.

[...]

Minha vida seja digna da tua presença. Meu corpo seja digno da terra, tua cama. Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta teu. Senhor, livra-me de mim."


Natal é a data para comemorarmos e refletirmos sobre o maior modelo e guia da Humanidade, o Mestre Jesus, em seu magnífico nascimento. Ele veio para este mundo acompanhado pela luz guia para ser orientado e  nos orientar  com todos os seus ensinamentos nas práticas do bem, do belo, da verdade, da caridade,  da paz  e  do amor,  é o nosso melhor e maior exemplo de como devemos agir em prol pela paz do mundo.

Jesus exaltou a harmonia da criatura perante a vida, o autoconhecimento, autoburilamento e   a  autotransformação como possibilidades de  aprendizagem  consciente para  a aquisição da  paz e do amor (Deus acima de todas as coisas = Paz com a Vida e a Natureza; o Próximo = Paz Social; como a Si Mesmo = Paz Pessoal).

A paz e o amor são o foco, a tônica para uma vida mais feliz, o maior presente que Ele nos deu e também, os presentes que devemos realmente oferecer aos nossos irmãos em humanidades. Então, que sejamos seres humanos melhores em 2012 e que neste Natal  possamos ser um grande presente para nós mesmos e para Jesus, investindo mais tempo e energia em nossas motivações interiores ( na satisfação da alma) e menos nas exteriores (satisfação dos sentidos.  

E como foi bem dito na oração "Senhor, livra-me de mim", no sentido de que o Grande Mestre nos ajude com sua luz  para que nos libertemos de nossas imperfeições, das más tendências, das paixões inferiores, dos prazeres egoícos, do orgulho, dos boicotes, dos vícios e hábitos perniciosos, da luta pelo poder, das ilusões do mundo, da fantasia da separatividade... enfim, dos nossos comportamentos desarmônicos que atrapalham a nossa existência e dos desencontros com a nossa essência divina.

Que possamos reencontrar e retornar à nossa essência divina, a nossa verdadeira natureza que é espiritual, aceitando e assumindo a vida com todas as suas possibilidades e responsabilidade; Conscientes de si e da realidade, buscando sempre um sentido para a vida  e o compromisso com a realização e cumprimento de nossas tarefas evolutivas, para que não nos boicotemos e nem a  destruamos em suas ricas oportunidades de ensino e aprendizagem.

Desejo para todos um Natal repleto de luz e mais vida para a nossa vida!

Clique no link abaixo e delicie-se com uma fantástica interpretação de Maria Bethânia para esta bela prece:

18 dezembro 2011

EXERCÍCIO PARA A PAZ 3


Técnicas de Respiração para a Paz



Você já parou para observar a sua respiração? 

Se você respondeu sim, provavelmente você respira bem; Mas se você respondeu não, é bom parar um pouquinho e perceber que você e a maioria de nós respiramos de forma errada.

A respiração correta garante maior saúde física, emocional, mental e espiritual. A respiração, segundo Marilu Martinelli, em seu livro Educação em Valores Humanos, "É vida, pois nosso organismo se nutre da força vital contida na corrente eletromagnética da respiração. Sem a respiração o corpo fenece, a mente não funciona e a consciência que se expressa através do corpo, mente e espírito cessa de manifestar-se na forma física".

O uso correto da respiração ajuda-nos em todos os sentidos, principalmente  no melhor desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, quanto melhor for a respiração dos nossos educandos e também a nossa , melhor será o desempenho de todos, tanto na orientação e  assimilação dos conhecimentos, quanto na relações (intra) interpessoais.

Segundo o médico David Frowley, ratificando a colocação explicitada anteriormente por Martinelli : "Nossa energia vem, basicamente, da respiração (...) Se o cérebro não recebe a quantidade certa de oxigênio, não temos a energia vital suficiente para nos desenvolver e mudar".

A energia vital é a força que nos impulsiona  para à vida e nos dá disposição para as ações cotidianas, se queremos potencializar esta energia e contribuir para alcançar e manter a nossa saúde e bem-estar, necessitamos investir nosso tempo neste tipo de exercício. 

Por isso, para que  possamos  respirar de forma adequada, é necessário distinguir que a respiração pode ser feita duas formas:

  • A Respiração Diafragmática (lenta, longa, profunda, constante e ritmada): é quando respiramos corretamente, utilizamos o diafragma, que é um músculo que fica situado entre a cavidade torácica e a abdominal; melhorando a saúde física, mental e emocional, ajudando a eliminar o estresse, a ansiedade, a melhorar a concentração e o sono,  a purificar as células, a eliminar toxinas, a oxigenar melhor o cerébro e a melhorar a aprendizagem, elevando o estado de consciência para dar maior sensação de paz;
  • A Respiração Torácica (incompleta, curta, fracionada, instável e inconstante): é quando não respiramos com toda a nossa capacidade, utilizamos somente a parte superior do abdomem e assim comprometenos a nossa sáude física, mental e emocional, dificultando a eliminação de toxinas do organismo (intoxicação celular), provocando tensão musculares, acúmulo de gases, dor de cabeça, ansiedade, estresse, agitação, sonolência, cansaço, indisposição, doenças cardiovasculares e respiratórias, etc.  

Você sabia que respirar com consciência dá maior sensação de paz?
A paz, para se estabelecer  nos níveis: pessoal, social e ambiental necessita que seja aprendida, exercitada e conscientizada; sem consciência de si, da realidade e do mundo, não é possível construir a paz;  Então para utilizarmos nossa energia vital de forma a potencializar as nossas realizações e contribuir para a paz consigo próprio, com os outros e com a natureza, faz-se necessário respirar conscientemente.

Pois bem, respirar com consciência  é colocar a atenção no movimento do ar entrando e saindo do pulmão, respirando lenta e profundamente sempre que sentir necessidade. Separe uns dez minutos do seu dia, não importa o horário, o local, a situação - pode ser, inclusive, no pico de uma situação superestressante e começe a exercitar!


Técnica de Respiração Consciente para a Paz:

1.
Sente-se de forma confortável, com a coluna reta, para que a energia flua.;
2. Respire (inspire) profundamente, prenda o ar e expire lentamente;
3. Preste atenção no ritmo em que o ar entra e sai dos pulmões.
4. Aos poucos, vá controlando este intervalo, até que ele se torne bem espaçado;
5. Tente contar até dez enquanto inspira e, depois, quando solta a respiração, ou você pode utilizar algum tipo de mantra, como: "Eu sou Paz!" / "Aquieta-te e sabe: Vos sóis Deus!", etc;
6. Respita a operação quantas vezes for necessária, até que você sinta seu ser equilibrado e relaxado.

Quanto mais prolongadas as inalações, maior é a probabilidade de você fortalecer todo o seu corpo, controlar as emoções, acalmar a mente e fortalecer o espírito. Com isso, as preocupações, os medos, as atitudes depressivas, etc; por mais terríveis que sejam, acabam amenizadas, já que a energia passa a circular melhor por todo o organismo proporcionando bem-estar. Não se assuste caso venha a sentir um pouco de tontura, a sensação é normal, isso ocorre devido a falta de uma respiração correta e ao excesso de oxigênio que, de repente, passa a percorrer o organismo. 

Outras atividades auxiliares também podem ser associados em busca de melhorias na respiração, o esporte também pode ser um grande aliado, como natação, caminhada, futebol, etc; além d e outros exercícios alternativos como: RPG, pilates, acunpultura, meditação, yoga, etc.


Bom exercício respiratório e muita paz!!!


23 novembro 2011

PAZ PARA A COMUNIDADE AFRODESCENDENTE




 
Você sabia que 2011 está sendo considerado o Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes?

Para o povo afrodescendente, este é um ano muito especial, pois estão tendo a possibilidade de construir a arte de viver a paz em suas comunidades: com o reconhecimento do seu real valor históricocultural; com o reforço do combate ao preconceito, a marginalização, a  discriminação  e ao racismo; com a reparação das desigualdades socioeconômicas, além deste ano ser considerado o ano internacional dos afrodescendentes.

O ano de 2011 foi proclamado o “Ano Internacional dos Povos Afrodescententes” pela Organização das Nações Unidas (ONU), através da Resolução A/RES/64/169, e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), Resolução AG/RES. 2550 (XL-O/10). Na Resolução da ONU estão explicadas as finalidades da iniciativa: “o fortalecimento de ações nacionais e a cooperação regional e internacional para o benefício das pessoas de descendência africana, para que elas gozem de direitos econômicos, culturais, sociais, civis e políticos, da participação e integração em todos os aspectos políticos, econômicos e sociais da sociedade e para promover maior conhecimento e respeito sobre sua herança cultural”.

Este ano e em todos os momentos devemos colaborar de forma proativa com esta causa totalmente  importante para todos nós, pois uma sociedade que quer ser realmente justa e pacífica não pode aceitar conviver com situações de profunda desigualdade e injustiça e de  situações de preconceito e marginalização, como as descritas pelo Relatório.

A Cultura da  Paz se faz com conscientização e aqui na Bahia temos o estado brasileiro e a capital mais negra das Américas e quiça do mundo, fora de alguns países eminentementes negros do continente africano, onde várias ações para o fortalecimento e conscientização da identidade negra   foram e são constantemente realizadas  por movimentos socioculturais de forte tradição afrodescendente, como por exemplo: o Ilê Ayê, Instituto Cultural steve Biko, o Olodum (e outros) que há décadas vêm tentando garantir a igualdade, a dignidade e a inclusão da população negra via cultura e educação.

Independente da tonalidade da pele, necessitamos estudar para conhecer e identificar os aspectos culturais da cultura negra que passou tanto tempo sem ser devidamente valorizada, desde o início da sua formação até à conteporaneidade (sendo importante ressaltar que de lá para cá já aconteceram mudanças significativas no continente africano), para a partir daí reconhecer que somos todos afrodescendentes, pois a identidade negra faz parte da nossa formação cultural como povo brasileiro e não pode ser mais negada ou negligenciada.

Que possamos fazer a nossa parte para o estabelecimneto desta consciência e pela ressignificação da nossa identidade negra, no local onde estivermos.

Faça algum comentário, colaborando com  algumas sugestões sobre esta temática!

Muita paz!

17 novembro 2011

DIA INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA


A Tolerância pode e deve ser um dos valores trabalhados na escola e fora dela, de acordo à perspectiva da Educação para a Cultura da  Paz e Não-Violência Ativa. Sabemos que  a  condição humana caracteriza-se pela diversidade, mas basta observar mais atentamente a nossa sociedade, para percebermos  que a intolerância em relação ao “outro” continua a causar, dia após dia, grande sofrimento.   Indivíduos e comunidades inteiras são atacados constantemente e sempre são  alvos de violência,  devido à dificuldade da humanidade de aceitação da diversidade (diferença), em sua origem étnica, religião, sexual,  nacionalidade, etc.

Com isso, o  Dia Internacional para a Tolerância foi instituído pela ONU, como sendo o dia 16 de Novembro de cada ano, em reconhecimento à Declaração de Paris, assinada no dia 12 deste mês, em 1995, tendo 185 Estados como signatários. Foi instituído pela Resolução 51/95 da UNESCO.

A Declaração da ONU fez parte do evento sobre o esforço internacional do Ano das Nações Unidas para a Tolerância. Nela os estados participantes reafirmaram a "fé nos Direitos Humanos fundamentais" e ainda na dignidade e valor da pessoa humana, além de poupar sucessivas gerações das guerras por questões culturais, para tanto devendo ser incentivada a prática da tolerância, a convivência pacífica entre os povos vizinhos.


Foi então evocado o dia 16 de Novembro, quando da assinatura da constituição da UNESCO em 1945. Remetia, ainda, à Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma:
  1. Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (Artigo 18);
  2. Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão (Artigo 19);
  3. A educação deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos (Artigo 26).
"Somos uma unidade na diversidade", conscientizar-se desse princípio é a chave para a aprendizagem da tolerância no nosso dia-a-dia, este valor humano tão importante nos dias de hoje, necessita ser trabalhado todos os dias e não somente nesta data simbólica.

Muita paz!

Fonte: Wikipédia/ ONU/UNESCO


01 novembro 2011

EDUCAÇÃO HOLÍSTICA PARA O SÉCULO XXI

EDUCAÇÃO 2000
UMA PERSPECTIVA HOLÍSTICA
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I. Posicionamento da Visão 

Preâmbulo 

Somos educadores, pais e cidadãos de diversas circunstâncias e movimentos educativos que compartilhamos uma preocupação comum pelo futuro da humanidade e de toda forma de vida na terra.
Estamos convencidos de que os sérios problemas que afetam aos sistemas educativos modernos refletem uma crise mais profunda de nossa cultura: a incapacidade da perspectiva industrial/ tecnológica predominante de guiar os direitos sociais e planetários que enfrentamos hoje, de uma maneira humana e vivificadora.
Cremos que nossos valores e práticas culturais predominantes, que incluem uma ênfase na competência sobre a cooperação, o consumo sobre o uso sustentável dos recursos, e a burocracia sobre a autêntica interação humana, tem sido destrutivos para a saúde do sistema ecológico assim também como para um desenvolvimento humano ótimo.
Ao examinar esta cultura em crise, também observamos que nossos sistemas de educação são anacrônicos e inoperantes. Em agudo contraste com o uso convencional da palavra educação, cremos que nossa cultura deve restabelecer o significado original da palavra que é "extrair". Neste contexto, educação significa ter suficiente paixão para extrair a grandeza que se encontra dentro de cada pessoa.
O objetivo deste posicionamento é proclamar uma visão alternativa da educação, uma educação que constitua uma resposta vivificante e democrática para a década de 1990 e mais adiante. Devido a que valorizamos a diversidade e favorecemos uma ampla variedade de métodos, aplicações e práticas, esta é uma visão que os educadores podem levar a cabo de várias maneiras. Não há unanimidade completa, nem entre aqueles de nós que aprovamos este documento, a respeito a cada uma das declarações que se apresentam aqui. A visão transcende a nossas diferenças e nos guia em uma direção que oferece uma solução humana à crise da educação moderna. 

Principio I.

Educação para o Desenvolvimento Humano 

Afirmamos que o objetivo primeiro, um efeito fundamental, da educação é sustentar as possibilidades inerentes no desenvolvimento humano. As escolas devem ser lugares que facilitem o ensino e o completo desenvolvimento de todos os educandos. O ensino deve enriquecer e aprofundar a relação com si mesmo, com a família e membros da comunidade, com a comunidade global, com o planeta e com o cosmos. Estas idéias vão sendo expressas eloqüentemente e postas em prática pelos grandes pioneiros do ensino, tais como Pestalozzi, Froebel, Dewey, Montessori, Steiner e muitos outros.
Lamentavelmente, o ensino público nunca tem tido o desenvolvimento humano ótimo como objetivo principal. A literatura histórica deixa claro que os sistemas escolares se organizaram com o objetivo de incrementar a produtividade nacional, incutindo hábitos de obediência, lealdade e disciplina. A literatura da "reestruturação" e de "excelência" das décadas de 1980 e 1990 estão muito afetadas todavia pela preocupação pela produtividade e a competição da economia nacional e com a possibilidade de processar as atitudes e os sonhos de uma nova geração com o objetivo de desenvolvimento econômico. Nós cremos que o desenvolvimento humano deve ter prioridade sobre o desenvolvimento econômico.
Fazemos um chamado a favor de um reconhecimento renovado dos valores humanos que estão sendo corroídos pela cultura moderna: harmonia, paz, cooperação, comunidade, honestidade, justiça, igualdade, compaixão, compreensão e amor. O ser humano é mais complexo, mais completo, que suas funções de produtor de cidadão. Se uma nação, por meio de suas escolas, de suas políticas de bem estar infantil e de sua afã de competição, não consegue sustentar o conhecimento de si mesmo, a saúde emocional e os valores democráticos, em última instância seu êxito econômico será minado pelo colapso moral da sociedade. Com efeito, isto já está ocorrendo, a julgar pela epidemia de drogas e dos problemas urgentes de delinqüência, alcoolismo, abuso de crianças, corrupção política e de escolas. Temos que criar seres humanos sadios se quisermos ter uma sociedade e uma economia sadias. É verdade que o sistema econômico requer que haja uma força de trabalho bem preparada e de confiança. A melhor maneira de conseguir uma força de trabalho assim é tratando os jovens em primeiro lugar como seres humanos e em segundo lugar como futuros produtores. Somente pessoas que vivem de forma completa, sadia e com sentido podem ser realmente produtivas. Fazemos um chamado a favor de um equilíbrio melhor entre as necessidades da vida econômica e aqueles ideais humanos que transcendem o econômico e que são necessários para uma atuação responsável. 

Princípio II.

Honrando os Estudantes como Indivíduos 

Fazemos um chamado para que se reconheça a cada educando, já sendo jovem ou adulto, como ser único e valioso. Isso significa aceitar as diferenças individuais e estimular em cada estudante um sentido de tolerância, respeito e apreço pela diversidade humana. Cada pessoa é criativa na forma inerente, tem necessidades e talentos únicos de tipo físico, emocional, intelectual e espiritual, e possui capacidade ilimitada para aprender.
Fazermos um chamado para que se investigue detalhadamente a validade das notas, qualificações e exames padronizados. Nós cremos que a função principal da avaliação é proporcionar ao estudante e ao professor informações que facilitem o processo de aprender. Opinamos que os pontos de avaliação "objetivos" não estão ao verdadeiro serviço do ensino e nem do desenvolvimento ótimo dos estudantes. Temos estado tão ocupados medindo o que é mensurável que temos descuidado daqueles aspectos de desenvolvimento humano que são imensuravelmente mais importantes. Além de descuidar importantes dimensões dos educandos, as provas padronizadas também eliminam aos que não podem ser padronizados. Em escolas inovadoras que estão tendo muito êxito pelo mundo, se está repensando as notas e os exames padronizados por avaliações personalizadas que permitem que os estudantes usem sua própria direção interna. O resultado natural desta prática é o desenvolvimento do conhecimento de si mesmo, da própria disciplina e de um entusiasmo autêntico por aprender.
Fazemos um chamado para que se apliquem em forma extensa os enormes conhecimentos que temos agora a respeito de maneira de aprender, inteligências múltiplas e as bases sociológicas da aquisição do conhecimento. Não existe nenhuma desculpara para impor tarefas, métodos e materiais em massa quando sabemos muito bem que qualquer grupo determinado de estudantes necessita aprender de forma distinta e por meio de atividades e estratégias diferentes. Os trabalhos que estão fazendo a respeito de inteligências múltiplas demonstram que se podem aproveitar os pontos fortes, como por exemplo no cinético, o musical, o visual-espacial para reforçar aspectos fracos, como o lingüistico e o lógico-matemático.
Questionamos o valor de certas categorias educativas como "superdotados", "limitados" ou "subnormais", e "em perigo de fracassar". Os educandos de todas as idades diferem enormemente através do espectro de atitudes, talentos, inclinações e circunstâncias. Ao classificar que um estudante não serve para descobrir seu potencial pessoal, simplesmente o define em relação as expectativas arbitrárias do sistema. O termo "em perigo de fracassar" é especialmente pernicioso : só serve para manter os objetivos competitivos e homogêneos do sistema educativo, ignorando as experiências e percepções pessoais que estão detrás das dificuldades de um estudante em particular. Sugerimos, ao contrário, que se transforme o ensino de maneira que se respeite a individualidade de cada pessoa, que possamos construir uma verdadeira comunidade educativa na qual cada um aprende de diferentes maneiras, que se ensine a cada um a valorizar seus próprios pontos fortes e que os potencialize para que se ajudem mutuamente. O resultado será que se satisfarão as necessidades de cada estudante. 

Princípio III.

O Papel Central da Experiência 

Afirmamos o que os educadores mais perceptivos estão debatendo durante séculos: a educação é assunto de experiência. A aquisição de conhecimento é um compromisso ativo e multisensorial entre uma pessoa e o mundo, um contato mútuo que outorga poder a quem aprende e lhe revela o rico significado do mundo. A experiência é dinâmica e cresce de forma contínua. O objetivo da educação deve ser o cultivo de um crescimento natural e sadio por meio da experiência; a educação não consiste em apresentar um "currículo" limitado, fragmentado, pré-digerido como se fosse um instrumento do conhecimento e da sabedoria.
Cremos que a educação deve conectar o educando com as maravilhas do mundo natural por meio de métodos que lhe façam embeber-se na vida e na natureza. A educação deve conectar o educando com o funcionamento integral da sociedade através de verdadeiro contato com a vida social e econômica da comunidade. A educação deve familiarizar o educando com seu próprio mundo interior por meio das artes, do diálogo sincero e de momentos de reflexão silenciosa, pois sem o conhecimento de seu próprio ser interior, todo conhecimento externo é superficial e sem sentido. 

Princípio IV.

Educação Holística

Fazemos um chamado a favor da integridade do processo educativo e da transformação das instituições e políticas educativas que se proponham a levar a cabo este objetivo. Integridade significa que cada uma das disciplinas acadêmicas proporciona nada mais que uma perspectiva diferente do rico, complexo, integrado fenômeno da vida. A educação holística celebra e faz uso construtivo de pontos de vista alternativos e em evolução da realidade e das formas múltiplas de conhecer. Não são somente aspectos intelectuais e vocacionais do desenvolvimento humano os que necessitam orientação e cultivo, mas também os aspectos físico, social, moral, estético, criativo e, em um sentido não sectário, espiritual. A educação holística leva em conta o profundo mistério da vida e do universo além da realidade e da experiência.
O holismo é um paradigma em ressurgimento, baseado na rica tradição de muitas disciplinas eruditas. O holismo afirma a interdependência inerente da teoria, a investigação e a prática em constante evolução. O holismo tem suas raízes na proposição que o universo é uma totalidade integrada na qual tudo está conectado. Esta proposição de integridade e unidade está em oposição direta ao paradigma de separação e fragmentação que predomina no mundo contemporâneo. O holismo corrige a falta de equilíbrio dos métodos reducionistas, colocando ênfase em um conceito expandido da ciência e do potencial humano. O holismo contém implicações de grande significado para a ecologia e a evolução humana e planetária. Estas implicações se discutem através de todo este documento. 

Principio V.

Novo Papel para os Educadores 

Fazemos um chamado a favor de uma nova compreensão do papel de professor. Sustentamos que o ensino é essencialmente uma vocação que requer uma mescla de sensibilidade artística e de uma prática cientificamente baseada. Muitos dos educadores que hoje se estão deixando enganar pela competição do profissionalismo: credenciais e certificações controladas de forma rígida, linguagem difícil de entender e técnicas especiais e uma separação a nível profissional dos temas espirituais, morais e emocionais que estão inevitavelmente conectados ao desenvolvimento humano. Nós sustentamos, ao contrário, que os educadores devem facilitar a aprendizagem, que é um processo orgânico, natural e não um produto que se possa criar segundo a demanda. Os professores necessitam de autonomia para projetar e estabelecer ambientes educativos apropriados às necessidades de seus alunos em particular.
Fazemos um chamado para estabelecer modelos na preparação de professores, que incluam o cultivo do próprio crescimento interior e do despertar criativo do professor. Quando os educadores se abrem a seu próprio interior, iniciam um processo de co-aprendizagem e co-criação com os discípulos. Nesse processo, o professor é o discípulo e o discípulo é professor. O ensino requer uma sensibilidade apurada aos caminhos do desenvolvimento humano, não um pacote predeterminado de métodos e materiais. Fazermos um chamado para formar educadores que tenham o educando como centro, que mostrem reverência e respeito pelo indivíduo. Os educadores devem estar atentos e conscientes das necessidades de cada educando, de suas diferenças e atitudes e ter a capacidade de responder a essas necessidades a todo nível. Os educadores devem em todo momento considerar a cada indivíduo no contexto da família, da escola, da sociedade, da comunidade global e do cosmos.
Fazemos um chamado para liberar a burocracia dos sistemas escolares, para que as escolas (assim como os lares, os parques, o mundo natural o lugar de trabalho, e todos os lugares de ensino) possam chegar a ser lugares de verdadeiro encontro humano. A literatura de reestruturação atual põe ênfase na "obrigação de dar conta", colocando o professor a serviço dos administradores e dos que ditam os planos. Nós sustentamos, ao contrário, que o educador deve dar conta, sobre tudo, a juventude que trata de compreender o significado do mundo que herdará algum dia. 

Princípio VI.

Liberdade de Escolher 

Fazemos um chamado em favor de oportunidades verdadeiramente substanciais de eleição em cada etapa do processo de aprendizagem. A educação verdadeira tem lugar somente em uma atmosfera de liberdade. É imprescindível ter liberdade de indagação, de expressão e de crescimento como pessoa. Em geral, aos estudantes deveria ser permitido uma autêntica seleção do processo de sua aprendizagem. Sua voz deveria ter suficiente peso em determinar o currículo e os procedimentos disciplinários, de acordo com sua capacidade de assumir tal responsabilidade. Porém, reconhecemos que alguns métodos de instrução deverão continuar em sua maior parte ter a tutela de pessoas adultas, seja devido a convicções filosóficas ou porque estão a serviço de grupos especiais de estudantes. O ponto é que as famílias e os estudantes necessitam ter a liberdade de escolher tais métodos, assim como também de não aceitá-los.
As famílias deveriam ter acesso a uma grande variedade de opções educativas nos sistemas de escolas públicas. Em lugar do sistema atual que oferece apenas um par de "alternativas", a educação pública deveria consistir em numerosas alternativas. Já não existe lugar para que a educação pública imponha uma cultura homogeneizada em uma sociedade diversa.
As escolas privadas seguem sendo necessárias, pois estas tendem a ser mais receptivas a inovações de amplo alcance, e têm a capacidade de incorporar os valores de comunidades, sejam religiosas ou de outro tipo. As famílias deveriam ter liberdade de educar a seus filhos em casa, sem interferência indevida das autoridades públicas. O ensino não fracionário no lar tem demostrado ser vivificadora educacional, social e moralmente, para muitos filhos e famílias. 

Princípio VII.

Educar para Participar na Democracia 

Fazemos um chamado a favor de um modelo de educação verdadeiramente democrático que potencialize a todos os cidadãos para que participem de maneira significativa na vida da comunidade e do planeta. Construir uma sociedade verdadeiramente democrática significa muito mais que permitir que o povo vote por seus líderes : significa potencializar a cada indivíduo para que participe de forma ativa nos assuntos de sua comunidade. Uma sociedade verdadeiramente democrática é muito mais que o "governo da maioria": é uma comunidade na qual se percebam as diferenças e onde se levem em conta os interesses humanos. É uma sociedade aberta a troca construtiva quando se requer uma troca social ou cultural.
Para poder manter uma comunidade assim, a sociedade deve estar fundamentada em um espírito de solidariedade por parte de seus cidadãos, em um desejo de compreender e experimentar compaixão pelas necessidades dos demais. Tem que ter um reconhecimento das necessidades humanas comuns que unem as pessoas semelhantes, em nações e na comunidade planetária. Deste reconhecimento deve surgir preocupação pela justiça. Para conseguir estes altos ideais, se deve facilitar que os cidadãos pensem de forma crítica e independente. A verdadeira democracia depende de um povo capaz de distinguir a verdade da propaganda, dos interesses comuns e das fórmulas partidaristas. Nesta época em que se pratica a política por meio de fórmulas breves e relações públicas não recomendáveis, o exame crítico é mais vital do que nunca para preservar a democracia.
Todas estas são tarefas educativas. Mas o processo de ensinar e aprender não pode cultivar estes valores a menos que os personifique em si mesmo. O ambiente mesmo do ensino deve girar em torno da solidariedade, e das necessidades humanas compartilhadas, a justiça, e ao estímulo de uma forma de pensar original e crítica. Realmente esta é a essência da verdadeira educação; é o ideal socrático, que muito raramente se está praticando nos sistemas educativos.

Princípio VIII.

Educar para ser Cidadãos Globais 

Cremos que cada um de nós, separados ou não, é um cidadão do mundo. A experiência humana é muito mais ampla que a de valores ou formas de pensar de uma cultura em particular. Na nova comunidade global que está amanhecendo, estamos colocando em contato, como jamais antes na história da humanidade, com culturas e percepções do mundo muito diversas. Cremos que já é hora que a educação cultive o apreço pela magnífica diversidade da experiência humana e pelo potencial perdido ou todavia desconhecido que existe dentro dos seres humanos. A educação na época global necessita dirigir-se a aquilo que é mais plenamente, mais universalmente humano na geração jovem de todas as culturas.
A educação global se baseia em um enforque ecológico que coloca ênfase na conexão e dependência mútua da natureza com a vida e a cultura humana. A educação global facilita o reconhecimento do papel de todas pessoas na ecologia planetária, que inclui a família humana e a todos os demais sistemas da terra e do universo. Um dos objetivos da educação global é abrir as mentes. Isto se consegue por meio de estudos interdisciplinares, de experiências que facilitam a compreensão, a reflexão e o pensamento crítico e respostas criativas. A educação global nos recorda que toda educação e toda atividade humana necessitam descansar nos princípios que regem aos sistemas ecológicos com êxito. Estes princípios incluem os benefícios e a diversidade, o valor da cooperação e do equilíbrio, as necessidades e direitos dos participantes, e a necessidade de sustentação dentro do sistema.
Outros componentes importantes da educação global incluem a compreensão das causas dos conflitos assim como a experiência dos métodos de resolução de conflitos. Ao mesmo tempo, é essencial explorar temas sociais tais como direitos humanos, justiça, pressões do excesso de população e desenvolvimento, para compreender em forma precisa as causas da guerra e das condições para a paz.
Posto que as religiões e tradições espirituais do mundo têm um impacto tão grande, a educação global fomenta a compreensão e apreço delas, como também dos valores que elas proclamam, incluindo a busca da transcendência, do amor, da compaixão, da sabedoria, da verdade e da harmonia. Para tanto, a educação global se dirige a aquilo que é humano no seu sentido mais completo e universal. 

Princípio IX.

Educar para uma Cultura Planetária 

Cremos que a educação deve surgir organicamente de um profundo respeito pela vida em todas as suas formas. Devemos cultivar uma relação entre o humano e o mundo da natureza que seja sustentável e não exploradora. Isto está no centro mesmo da nossa visão para o século vindouro. O planeta Terra é um sistema vivo extremamente complexo, mas fundamentalmente unitário; é um oásis de vida no escuro vazio do espaço. A ciência pós-newtoniana, a teoria dos sistemas e outros avanços recentes do pensamento moderno já reconheceram que ensinaram durante séculos algumas das tradições espirituais e mitológicas antigas : que o planeta, e toda vida em si, constituem uma entidade interdependente. As instituições econômicas, sociais e políticas devem engendrar um respeito profundo por esta interdependência. Todos devemos reconhecer a necessidade imperativa de cooperação global e sensibilidade ecológica, se a humanidade espera sobreviver neste planeta. Nossos filhos necessitam de um planeta sadio no qual possam viver, aprender e crescer. Necessitam ar e água puras, a luz do sol e um solo fértil e todas as outras formas de vida que constituem o sistema ecológico da Terra. Um planeta enfermo não pode manter filhos sadios.
Fazemos um chamado por uma educação que promova uma cultura planetária que inclua consciência da interdependência do planeta, a congruência do bem estar pessoal e global, o papel e o alcance da responsabilidade individual. A educação necessita estar arraigada em uma perspectiva global e ecológica para poder cultivar nas gerações jovens o apreço por uma profunda inter-relação com toda vida. A educação planetária engloba uma avaliação holística de nosso planeta e dos processos que sustentam a vida. O aspecto central deste estudo é o conhecimento dos sistemas básicos que sustentam a vida, as fontes de energia, os ciclos, as interdependências e as trocas. A educação planetária é um campo integrado que inclui a política, a economia, a cultura, a história e os processos de troca a nível pessoal e social. 

Princípio X.

Espiritualidade e Educação 

Cremos que todas as pessoas são seres espirituais em forma humana, que expressam sua individualidade através de seus talentos, capacidades, intuição e inteligência. Da mesma maneira que uma pessoa se desenvolve física, emocional e intelectualmente, ela também se desenvolve espiritualmente. A experiência e o desenvolvimento espirituais se manifestam em forma de uma profunda conexão consigo mesmo e com os demais, uma consciência do significado e propósito da vida diária, uma experiência de totalidade e interdependência da vida, uma pausa na atividade frenética, e nas pressões e estímulos da vida contemporânea; o conjunto da experiência criativa e um respeito profundo pelo mistério da vida. A parte mais importante, mais valiosa de uma pessoa é sua vida interior, subjetiva: a individualidade ou alma.
A ausência da dimensão espiritual é um fator crucial na conduta auto destrutiva. O abuso das drogas e do álcool, a sexualidade vazia, o crime e a desintegração da família, tudo proveniente de uma busca na forma errada de conexão, mistério e significado e uma fuga do sofrimento de não ter uma fonte autêntica de realização.
Cremos que a educação deve cultivar o crescimento sadio da vida espiritual em vez de produzir violência com uma constante valorização e competição. Uma das funções da educação é ajudar a compreender que tudo na vida está conectado a tudo mais. Em todas as grandes tradições do mundo, a ética desta tomada de consciência se expressa com: "O que faço aos demais, me faço a mim mesmo". O ato de potencializar uma pessoa é igualmente fundamental ao conceito de conexão. Se todos estamos conectados a todos e a todos os demais, então cada pessoa pode, de fato, fazer a diferença.
Ao estimular um profundo sentido de conexão com os demais e com a Terra em todas as suas dimensões, a educação holística fomenta um sentido de responsabilidade em si mesmo, com os demais e com o planeta. Cremos que esta responsabilidade não é uma carga, senão algo que se assume devido a uma consciência de conexão e potencialização. A responsabilidade individual, de grupo e global se desenvolve fomentando a compaixão que faz com que uma pessoa queira aliviar o sofrimento dos outros, inculcando a convicção de que a troca é possível e oferecendo os instrumentos que façam possível essas trocas. 

Conclusão 

Ao entrarmos no século 21, muitas de nossas instituições e profissões estão entrando em um período de profunda troca. Os que trabalhamos em educação estamos empenhados a darmos conta do que a estrutura, os objetivos e os métodos de nossa profissão foram desintegrados para uma época histórica que se chega agora a seu fim. É chegada a hora de transformar a educação para poder fazer frente aos rumos humanos e do meio ambiente que se nos apresentam.
Cremos que a educação nesta nova era deve ser holística. A perspectiva holística é o reconhecimento que toda vida neste planeta está conectada entre si de inumeráveis maneiras, profundas e imperceptíveis. A vista da Terra suspensa sozinha no negro vazio do espaço, destaca a importância de ter uma perspectiva global ao tratar com as realidades sociais e educativas. A educação deve promover respeito pela comunidade global da humanidade.
O holismo coloca ênfase no desafio de criar uma sociedade sustentável, justa e pacífica em harmonia com a Terra e suas formas de vida. Implica sensibilidade ecológica, respeito profundo tanto por culturas indígenas como pelas modernas, assim como pela diversidade de formas de vida do planeta. O holismo trata de expandir a maneira em que nos vemos a nós mesmos e a nossa relação com o mundo, celebrando nosso potencial humano inato: o instintivo, emotivo, físico, imaginativo e criativo, assim como o racional, lógico e verbal.
A educação holística reconhece que os seres humanos buscam significado, não somente informações e habilidades, como aspecto intrínseco de um desenvolvimento completo e sadio. Cremos que somente seres humanos sadios e realizados podem criar uma sociedade sadia. A educação holística cultiva as aspirações mais altas do espirito humano.
A educação holística não é um currículo ou uma metodologia determinados; é um conjunto de proposições que incluem o que segue:
  • A educação é uma relação humana dinâmica, aberta;
  • A educação cultiva uma consciência crítica dos muitos contextos na vida dos educandos: moral, cultural, ecológico, econômico, tecnológico, político;
  • Todas as pessoas possuem vastos potenciais múltiplos que somente agora estamos começando a compreender. A inteligência humana se expressa por meio de diversos estilos e capacidades todos os quais devemos respeitar;
  • O pensamento holístico inclui modos de conhecer intuitivos, criativos, físicos e em contexto;
  • A aprendizagem é um processo que dura toda a vida. Todas as situações da vida podem facilitar o aprender;
  • A aprendizagem é tanto um processo interno de descobrimento próprio assim como uma atividade cooperativa;
  • A aprendizagem é ativa, com motivação própria, que presta apoio e estímulo ao espírito humano;
  • Um currículo holístico é interdisciplinar e integra as perspectivas globais e da comunidade. 

Esta conclusión es La Declaración de Chicago sobre la Educación, adoptada por 80 educadores holísticos internacionales en Chicago, Illinois, en junio de 1990.



27 outubro 2011

CAMINHOS PARA A CONSTRUÇÃO DA CULTURA DA PAZ NA ESCOLA


O professor em conjunto com a escola e as famílias dos educandos, com disponibilidade, abertura  e força de vontade têm condições suficientes, independente dos desajustes do sistema, em contribuir para um mundo melhor, ajudando-nos a compreender que a paz é o caminho para transformarmos esta velha forma de viver, que está vem diariamente causando transtornos e prejudicando nossas vidas.

Gandhi já nos dizia que a paz é o caminho para transformarmos à vida; Maria Montessorri,  seguindo o seu exemplo foi uma das primeiras e grandes educadoras a contribuir para a paz na escola, nos mostrou um desses prodigiosos caminhos, publicando um livro em 1949 (A Educação e a Paz) orientando nos que:  todo educador deve respeitar a inteligência  e o desenvolvimento do que há de melhor em cada educando, entendendo que este, ao estar bem consigo mesmo, poderia aprender a conviver com os demais, respeitando as diferenças, aprendendo a nos amar como irmãos em humanidades e contribuíndo para buscar soluções definitivas para a construção da paz. 

Que cada um de nós, ao observarmos a nossa realidade escolar possamos analisar, refletir e descobrir qual (is) caminho (s) poderíamos estabelecer esta tão urgente e necessária cultura da paz.

Durante estes meses, estive trabalhando em uma comunidade extremamente violenta e desmotivada e consequentemente a escola também reforçava este comportamento, como tenho experiência como educador para a paz tentei aplicar todos os conhecimentos sobre o assunto que conheço. Mas, tive muitas dificuldades, principalmente de iniciar o trabalho falando diretamente com a temática da paz, não conseguia obter nenhum resultado satisfatório.

Então, mudei a estrátegia e pela primeira vez tive que trabalhar com esta temática, partindo pela da violência. Como os educandos viviam neste ambiente hostil, eles não conseguiam refletir e compreender sobre a necessidade da paz desassociados desta vivência.

Com isso, pacientemente e com atividades bastante criativas, consegui obter os primeiros resultados, despertando o interesse deles para a importância da paz para o melhoramento das relações e da resolução dos conflitos por eles vivenciados.

Um dado importante foi respeitá-los em suas dificuldades; a valorização do potencial de cada um e o incentivo para que eles refletissem sobre a importância da educação e da aprendizagem para o crescimento deles como ser humano potência de paz.

Este foi um dos caminhos que trilhei para consegui trabalhar com a paz na escola. E o seu caminho? Compartilhe a sua experiência e poste um comentário para que possamos saber qual foi a sua estratégia.

Muita paz!

23 outubro 2011

CAMPANHA: UM BOM PROFESSOR UM BOM COMEÇO

 
 

 
Que o dia do professor seja comemorado todos os dias do ano, não só no dia 15 de outubro. Felicidades para todos nós que investimos uma vida toda em prol da educação!

Que todos nós possamos aproveitar o momento para refletirmos sobre a nossa importância para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, pacífica, amorosa, ética e realmente humana.

Que possamos continuar lutando...trabalhando honestamente e exigindo da nossa sociedade mais respeito, valorização e dignidade.

E que agora possamos investir nossos esforços para construir a cultura da paz e da não-violência ativa dentro e fora da escola em que trabalhamos.

Abraços de bom coração para todos nós
Muita paz!



25 setembro 2011

TORNAR-SE PACIFICADOR NA ESCOLA

Nas escolas, que é o foco deste blog, para que um educador torne-se um pacificador, ele necessita ser um grande exemplo de valores e de  atitudes (proativa, amorosa, pacífica e não-violenta). Somos uma referência muito importante para nossos educandos e sendo assim, poderíamos dividir responsabilidade pelo bem-estar de todos e criar juntamente com eles, estratégias diárias ou semanais para se criar um escola-sala de aula pacífica, identificando possíveis alunos que poderiam assumir a responsabilidade geral de coordenação deste empreendimento.

Mas é importante frisar que este esforço deve ser cada um de nós, não só da escola, como da família, da comunidade e autoridades políticas, porque educar para a paz exige a constante participação e investimento  de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

A forma como cada educando se relaciona consigo mesmo é a base para a sua percepção do mundo e do seu realcionamento com o próximo. Segundo Drew, em seu livro "A Paz também se aprende", a auto-estima e eu acrescento a auto-imagem quando bem direcionadas influenciam todas as ações, interações e reações, então quaisquer atividades que desenvolvam as atitudes pacificadoras os prepararão para uma relação eu e o outro muito mais saudável.

A estratégia que os educadores devem promover nestas situações, deve focar o desenvolvimento de exercícios de (auto) reflexão e de visualização das possibilidades de pacificação e desenvolvimento de atitudes de não-violência para que os educandos percebam como estabelecer uma melhor forma de respeito nos relacionamentos consigo próprio, com os demais e com a vida.

Estas atividades devem ajudá-los a promover mediações para a resolução criativa e positiva dos conflitos ao invés de reagir de forma instintiva aos acontecimentos de dentro ou de fora da escola.

A paz começa em cada indíviduo, então quando um educando está com a sua autoestima positiva e com a sua auto-imagem bem formada, ele com certeza terá as condições necessárias para tornar-se um defensor da paz e da não-violência.

Mas, quando a autoestima e a auto-imagem estão comprometidas, com reflexos vivenciados através da violência cotidiana, eles com certeza, muitas vezes utilizarão o corpo e as mãos para agredir e não para construir, porque são indíviduos que não estão felizes consigo mesmo e nem com a sua vida.

Trabalhar com atividades artísticas e de conscientização corporal, também poderão orientá-los e ajudá-los neste trabalho proativo para estabelecer a paz na escola e em suas vidas individualmente, até atingir outras esferas sociais em que eles vivem.

Muita paz!




21 setembro 2011

TORNAR-SE PACIFICADOR

Você sabe como se tornar um pacificador em casa, no trabalho, na escola... enfim na sua vida?

Paz é harmonia, então para estabelecê-la  nas relações intra e interpessoais e  em quaisquer lugares que nos encontrarmos, a veneranda Joanna de Ângelis no livro Vida Feliz, através de Divaldo Franco,  nos sugere no texto abaixo que façamos um esforço para tornarmo-nos pacificadores:

"Torna-te pacifidador.

Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.

Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espíríto de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamados de ódio.

Confia na força da não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti."


Segundo o dicionário "pacificador" é aquele que pacifica,  com isso, para que a paz realmente  floresça em nossas mentes e  corações torna-se importante diferenciar a palavra pacífico de passivo.

Paz não é sinônimo de passividade, acomodação e ou inércia, como muito de nós pensamos equivocadamente, mas sim ação, proatividade, aprendizagem, transforma-ação, conquista e luta cotidiana.

Pacífico - Pacificador: é aquele indíviduo que age, atua na construção e no estabelecimento da paz, contribuíndo com a harmonia pessoal, social e ambiental,


Passivo: é aquele que não ajuda nesta construção, mas atrapalha, porque mesmo não sendo violento ou desarmônico; mesmo percebendo situações conflituosas em seu contexto,  não constrói nenhuma ação pela paz.

Então, na atual situação beligerante em que nos encontramos, faz-se necessário criar e fomentar atitudes proativas para a construção e desenvolvimento da Cultura da Paz e Não-Violência Ativa em quaisquer áreas de atuação de nossas vidas!


Muita paz para todos!

Colabore conosco e nos diga quais ações você fomenta ou pretende criar para construir ou desenvolver a paz em sua casa, no trabalho, consigo mesmo,  com a família, a comunidade, etc. Publique um comentário com suas sugestões!

14 setembro 2011

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PARA A PAZ 3


Para você compreender a importância deste livro, reproduzo o prefácio da edição brasileira, por Moacir Gadotti:

EDUCAR PARA A PAZ EM TEMPOS DE GUERRA

Esse livro, com fundamento numa filosofia do homem de­mocrático, oferece técnicas e exercícios pedagógicos para for­mar o cidadão instituinte da paz. Ele foi escrito originalmente a partir de uma sociedade de abundância, onde os traba­lhadores já conquistaram condições de cidadania elementares. Por isso, os editores se viram obrigados a processar adaptações que o tornem mais adequado à realidade brasileira. O objetivo porém é o mesmo: educar para a paz em tempos de guerra. É porque estamos em guerra que é necessário educar para a paz.

Há países em que na relação entre guerra e paz, a paz leva vantagem. Mas há outros, como o nosso, em que a guerra — não declarada — está mais presente e facilmente pode ser verificada pelo número de crianças que morrem de fome por dia, pela subnutrição, pela miséria, pela falta de moradia, pela falta de terra para trabalhar, pela falta de empregos, pela falta de saúde, educação, saneamento básico, enfim, pela falta de acesso aos mínimos direitos de vida com qualidade que uma democracia deve oferecer.

Isso me leva a dizer que a paz não é uma doação. Não se chega a ela por instinto humano. Ela é conquistada pela luta. Daí a necessidade de instrumentos de luta para a paz como esse livro. Portanto, ele não pode ser visto como obra de sonhadores, mas de promotores de utopias concretas. Isso exige constante apelo às condições reais de vida onde existe o diálogo entre os diferentes e os iguais, mas também o conflito entre antagónicos. Nas sociedades capitalistas o conflito entre capital e trabalho é o aspecto fundamental que explica a inexistência da paz, nelas, a guerra é fruto do conflito entre a produção de bens que é socialmente produzida pelos trabalhadores, mas é acumulada privadamente pelo capital.

Não se pode pedir aos despossuídos, tão numerosos entre nós, aos oprimidos, aos que não têm opções, que eles aceitem um consenso pacífico em torno de opções comunitárias, quando a comunidade de iguais não existe. Quero dizer que é necessário promover uma educação para a paz, com as técnicas e a filosofia propostas neste livro, mas é preciso recordar a passagem bíblica da relação entre a paz e a espada: para o oprimido, a luta para a paz passa pela justiça social. Isso implica inevitavelmente, o conflito social.

Este livro deve preparar para a paz, para buscarmos juntos novas soluções, uma perspectiva de paz interior e paz familiar. Porém, aceitando sempre a necessária e vital tensão, não somente existente entre pessoas que buscam superar seu inacabamento antropológico, mas, também a tensão resul­tante de uma situação estrutural de injustiça.

Este livro estimulante é também um apelo para a tolerância e o pluralismo. Mas o homem tolerante e pluralista não é aquele que, por exemplo, compra todos os produtos de um supermer­cado. Por que há produtos velhos, mofados, inúteis e supérfluos. Existem produtos que podem provocar doenças. O pluralismo é uma filosofia do diálogo. Ser pluralista significa dialogar com todas as posições. Não significa adotar a todas elas, o que não seria pluralismo, mas incoerência lógica e portanto, negação de postura ético-filosófica. Ser pluralista e tolerante e descobrir a beleza da diferença.

Toda forma de educação é política. Educar para a paz é uma proposta política-pedagógica. Uma visão funcionalista e mecanicista da educação recusaria discutir as implicações políticas da ação educativa. Educar para a paz é educar para a autonomia que significa auto-governo. O liberalismo educa­cional arcaico e autoritário visava a formar os alunos para serem meramente governados. Educar para a autonomia, segundo os princípios democráticos e populares, significa formar os alunos para serem governantes.

Enfim, é preciso entender que a perspectiva de uma harmonia progressiva indo do individual-particular para o coletiuo-uniuersal, como pretendia o fundador do taoísmo, Lao Tsé, é praticamente impossível. A paz só se obtém, dialética e contraditoriamente, na busca da justiça. As crianças e adoles­centes devem aprender isso antes de se tornarem adultos, mas não aprenderão isso se nas escolas não existir um plano mais preciso de educação para a paz.

Existe outro aspecto para o qual este livro pode contribuir: a paz nas famílias, porque é lá que as crianças aprendem muitos dos valores e práticas que realizam depois. É imperioso que este livro seja lido também pêlos pais e pelas mães. Os exercícios não podem ser apenas para os meninos. Eles devem envolver os pais, devem ser completados por eles, junto com eles. E se os pais forem analfabetos? Não se poderia imaginar outra forma de comunicação como o vídeo ou o cassete? Imbuído de um espírito democrático e com recursos a sua disposição, o educador popular saberá completar este livro.

Felicito os editores pela ideia de traduzir e adaptar esta obra que ajudará a todos nós educadores e educandos a adotar a democracia como valor fundamental para a construção de nosso futuro, deixando para trás a tradição do autoritarismo e da discriminação que tanto marcaram e ainda marcam a sociedade brasileira.

Moacir Gadotti

Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo



Boa leitura e muita paz!