31 março 2010

DIÁLOGO SEGUNDO PAULO FREIRE


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.
Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens, não me é possível o diálogo.
O diálogo, como encontro dos homens para a tarefa comum de saber agir, se rompe, se seus pólos (ou um deles) perdem a humildade.
Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim?
Como posso dialogar, se me admito como um homem diferente, virtuoso por herança, diante dos outros, meros "isto", em que não reconheço outros eu?
Como posso dialogar, se me sinto participante de um "gueto" de homens puros, donos da verdade e do saber, para quem todos os que estão fora são "essa gente", ou são "nativos inferiores"?
Como posso dialogar, se parto de que a pronúncia do mundo é tarefa de homens seletos e que a presença das massas na história é sinal de sua deterioração que devo evitar?
Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço, e até me sinto ofendido com ela?
Como posso dialogar se temo a superação e se, só em pensar nela, sofro e definho?
A auto-suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não tem humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser seus companheiros de pronúncia do mundo. Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que lhe falta ainda muito que caminhar, para chegar ao lugar de encontro com eles. Neste lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos, há homens que, em comunhão, buscam saber mais.
Não há também, diálogo, se não há uma intensa fé nos homens. Fé no seu poder de fazer e de refazer. De criar e recriar. Fé na sua vocação de ser mais, que não é privilégio de alguns eleitos, mas direitos dos homens.
A fé nos homens é um dado a priori do diálogo. Por isto, existe antes mesmo de que ele se instale. O homem dialógico tem fé nos homens antes de encontrar-se frente a frente com eles. Esta, contudo, não é uma ingênua fé. O homem dialógico, que é crítico, sabe que, se o poder de fazer, de criar, de transformar, é um poder dos homens, sabe também que podem eles, em situação concreta, alienados, ter este poder prejudicado.
Esta possibilidade, porém, em lugar de matar no homem dialógico a sua fé nos homens, aparece a ele, pelo contrário, como um desafio ao qual tem de responder. Está convencido de que este poder de fazer e transformar, mesmo que negado em situações concretas, tende a renascer. Pode renascer. Pode constituir-se. Não gratuitamente, mas na e pela luta por sua libertação. Com a instalação do trabalho não mais escravo, mas livre, que dá a alegria de viver.
Sem esta fé nos homens, o diálogo é uma farsa. Transforma-se, na melhor das hipóteses, em manipulação adocicadamente paternalista.
Ao fundar-se no amor, na humildade, na fé nos homens, o diálogo se faz uma realização horizontal, em que a confiança de um pólo no outro é conseqüência óbvia. Seria uma contradição se, amoroso, humilde e cheio de fé, o diálogo não provocasse este clima de confiança entre seus sujeitos. Por isto inexiste esta confiança na antidialogicidade da concepção "bancária" da educação.
Se a fé nos homens é um dado a priori do diálogo, a confiança se instaura com ele. A confiança vai fazendo os sujeitos dialógicos cada vez mais companheiros na pronúncia do mundo. Se falha esta confiança, é que falharam as condições discutidas anteriormente.
Um falso amor, uma falsa humildade, um debilitada fé nos homens não podem gerar confiança. A confiança implica no testemunho que um sujeito dá aos outros de suas reais e concretas intenções. Não pode existir, se a palavra, descaracterizada, não coincide com os atos. Dizer uma coisa e fazer outra, não levando a palavra a sério, não pode ser estímulo à confiança.
Não é porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero.
Se o diálogo é o encontro dos homens para ser mais, não pode desfazer-se na desesperança. Se os sujeitos do diálogo nada esperam do seu que fazer, já não pode haver diálogo. O seu encontro é vazio e estéril. É burocrático e fastidioso.

DIÁLOGO - Texto escrito pelo professor Paulo Freire extraído do livro Pedagogia do Oprimido - editado pela editora Paz e Terra 18a edição.

30 março 2010

MúSICA A PAZ - ROUPA NOVA

A PAZ (Heal the World)

ROUPA NOVA


Compositor(es): Michael Jackson (Original) - Nando (Versão)


É preciso pensar um pouco nas pessoas que ainda vêm
Nas crianças
A gente tem que arrumar um jeito
De achar pra eles um lugar melhor.
Para os nossos filhos
E para os filhos de nossos filhos
Pense bem!

Deve haver um lugar dentro do seu coração
Onde a paz brilhe mais que uma lembrança
Sem a luz que ela traz ja nem se consegue mais
Encontrar o caminho da esperança

Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens
Se fazendo irmão e estendendo a mão

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Se você for capaz de soltar a sua voz
Pelo ar, como prece de criança
Deve então começar outros vão te acompanhar
E cantar com harmonia e esperança

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundo
Pra trazer perdão e dividir o pão.

Só o amor, muda o que já se fezE a força da paz junta todos outra vezVenha, já é hora de acender a chama da vidaE fazer a terra inteira feliz

Quanta dor e sofrimento em volta a gente ainda tem,Pra manter a fé e o sonho dos que ainda vêm.A lição pro futuro vem da alma e do coração,Pra buscar a paz, não olhar pra trás, com amor.

Se você começar outros vão te acompanharE cantar com harmonia e esperança.

Deixe, que esse canto lave o pranto do mundoPra trazer perdão e dividir o pão.

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Só o amor, muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz

Inteira feliz ...


A canção original é HEAL DE WORLD (Cure o Mundo) lançada em 1991 no álbum DANGEROUS de Michael Jackson.


No atalho abaixo você pode ver o clip e escutar esta bela música:






GRANDES MESTRES DA PAZ 1





















Nesta seção do Blog, vocês poderão conhecer um pouco sobre o trabalho de alguns grandes mestres da educação e da vida, o primeiro da série é o nosso Grande Mestre Jesus Cristo.

Jesus foi e continua sendo considerado o “Príncipe da Paz”, porque elaborou um conjunto de princípios ético-vivenciais, fundamentado no “amor” como base de sustentação da vida e da “paz” como base de harmonização.
Chamou a nossa atenção para o poder educativo das sua máximas não somente no plano presente material, mais principalmente para a “vida futura” no mundo espiritual.
Para Jesus todos os seus ensinamentos reportam a esta máxima, pois que a vida futura dependerá da forma como nos comportamos no neste momento, onde devemos concentrar todas as nossas forças para aprendermos a ser pessoas melhores na vida presente para que tenhamos sustentabilidade nos meandros da felicidade em uma vida futura. Vivemos muitas vezes de forma instinva buscando o nosso bem estar, os prazeres, as realizações pessoais terrenas e esquecemos muitas vezes de cuidar da alma, do espírito. Devemos nos preocupar com todos os sentidos da vida, pois Deus nao condena os gozos terrenos, mais sim o abuso de quem vive em função deles em detrimento das coisas da alma.
Para que contemplemos a vida como um todo e sejamos pessoas melhores, faz se necessário conhecer e compreender alguns princípios ensinados por Ele, é importante salientar de antemão que Jesus nao veio para destruir a lei de Deus, mais veio sim, cumprí-la, desenvolvê-la e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens da sua época.
Revalorizou-a e reinterpretou-a, combatendo o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações e a resumiu a este único princípio, que chamamos de Princípio do Amor:

“Amai a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, devendo ser praticada na sua íntegra por todos os habitantes da Terra. 

Existe mais dois princípios que amarra a Lei Divina, tao importantes quanto o principal, sao eles: o Princípio da Justiça

“Desejai para o próximo o que quereríes para vós mesmos”

 E  o Princípio da Caridade

“Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”.

Além dos  princípios, Jesus ainda nos deixou   “O Sermão da Montanha” é um longo discurso de Jesus Cristo que pode ser lido no Evangelho de São Mateus, mais precisamente nos capítulos 5 a 7. Muito provavelmente, resulta da reunião de intervenções ocorridas em momentos distintos. Nestes discursos, Jesus Cristo profere “ensinamentos de conduta ética e moral”, ditando os princípios que normam e orientam a verdadeira vida cristã, uma vida que conduz a humanidade ao Reino de Deus e que põe em prática a vontade de Deus, que leva à verdadeira libertação do homem. Estes discursos podem ser considerados por isso como um resumo dos ensinamentos de Jesus a respeito do Reino de Deus, do acesso ao Reino e da transformação que esse Reino produz.
“As Bem-aventuranças” são o anúncio da verdadeira felicidade, porque proclamam a verdadeira e plena libertação, e não o conformismo ou a alienação. Elas anunciam a vinda do Reino de Deus através da palavra e ação de Jesus, que tornam a justiça divina presente no mundo. A verdadeira justiça para aqueles que são inúteis, pobres ou incômodos para uma estrutura de sociedade baseada na riqueza que explora e no poder que oprime. As Bem-aventuranças revela também o carácter das pessoas que pertencem ao Reino de Deus, exortando as pessoas a seguir este carácter exemplar:


“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de Mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.”

Pois é, depois deste rico ensinamento do nosso Grande Mestre, só nos resta agora vivermos o amor na prática e pacificarmos-nos!!!!

HISTÓRIA DA PAZ

A PAZ E A FORMAÇÃO DA CULTURA DE PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA ATIVA NA ESCOLA E NA VIDA.


“Não há caminhos para a paz, a paz é o caminho!” Mahatma Gandhi

A paz, no contexto histórico tomou dimensão pública e explicitou seus sentidos e símbolos inicialmente com seu caráter divino de acordo às mitologias: a Grega - Eirene-Irene (deusa da paz) e irmã da justiça, riqueza, disciplina, ordem e eqüidade; a Romana com Quirino (deus da paz) que guardava as portas da cidade e das moradas associada a Pax Romana que era a Paci Augustae, isto é a paz militar do imperador da época Augusto (Se queres a paz, prepara-te para a guerra); onde se configuravam como protetores da paz nas cidades de Atenas e Roma respectivamente.

Na tradição judaíca e mosaíca, a paz encontra-se em uma variedade de expressões e contextos, a expressão “shalom”, significa em geral completude, fartura, perfeição, felicidade, prosperidade, segurança, vida, salvação, plenitude, equilíbrio, harmonia, etc. Na Bíblia, no Velho Testamento por exemplo, pode-se compreender a simbólica da paz, como a aliança com Deus.

Mais adiante com Jesus Cristo, passa a ser considerado como “Aquele” que derruba fronteiras, limites e recusa a guerra e a violência para se construir a paz. O Cristinanismo, baseando-se no Novo Testamento, considera-o como “Príncipe da Paz”, porque utilizou esta expressão em diversos contextos e momentos da sua vida e elaborou um conjunto de princípios ético-vivenciais, chamado de Sermão da Montanha, no qual destaco o item que ele afirma que: “Bem-aventurados são os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus”.

Na tradição estóica buscou-se a paz, como expressão da liberdade humana, contrapondo-se a servidão e tambem entrelaça-se com a visão romana, mas em algum momento se distancia desta e a reformula com novos conceitos, como: humanidade, serenidade, dignidade, tranquilidade, concórdia, aversão à guerra externa e conflitos civis.

Na tradição platônico-agostiniana, Santo Agostinho colocando suas raízes no platonismo e no Cristianismo, sistematiza e concebe a paz como tranquilidade da ordem, repouso harmonioso, ordenado e hierárquico.

No Renascimento, com o fim do período medieval e dos fundamentos religiosos e místicos, a paz ganha um víes menos religioso e mais humanista, acentado na ética e na política, na desconstrução da visão de guerra justa, enfim, na democracia.

Com o período Modernista, no contexto do Iluminismo, mesmo vinculada na visão anterior, a paz ganha a expressão de “paz perpértua”, baseada na filosofia moderna do direito comum a todos os povos. Fundamentados nesta concepção jurídica da paz pelo Estado, dezenas de autores entre os séculos XVII e XVIII, elaboraram reflexões sobre a paz perpétua, visando a superação de uma série de guerras e conflitos.

Neste mesmo tempo, o filósofo Kant, contestou esta visão e afirmou sobre “a necessidade de se instaurar a paz como fruto de uma decisão racional e de um arranjo social”, introduzindo a distinção entre: armistício (adiamento das hostilidades) e paz (fim das hostilidades) num período em que a Europa estava sendo devastada por sucessivas guerras. Kant pensava que assim como os homens livres se associam para instaurar a paz, os Estados deveriam se confederar para instituí-la, não como uma idéia vazia, intricada em jogos de poder, mas através de uma relação cosmopolita, sólida e duradoura.

A partir do Romantismo, alicercado pelo Arcadismo Rosseau, embora tenha contribuído para o desenvolvimento da paz perpétua, também contribuiu para a uma visão romantizada da paz, marcada pela força da natureza e pela interioridade.

O Socialismo também contribuiu para a paz, Marx entendia a possibilidade de paz apenas após a instauração da sociedade comunista, sendo que a única guerra justa é a dos explorados contra os exploradores e que as outras formas desta só serviriam para reforçar a exploração e a dominação. Proudhon que antagonizava a Marx, criticava essa concepção militar, também religiosa ou mesmo política da paz. A tradição marxista influenciou em níveis diferentes a educação para a paz dos movimentos sindicais e das pedagogias da libertação.

No Liberalismo, o comércio e as atividades econômicas passam a estreitar laços com a paz. Para os liberais, a guerra produz desvantagens, pertubarção e o impedimento do comércio, enquanto a paz possibilita benefícios, por isso a força do dinheiro e o espírito comercial deveriam obrigar os Estados a promoverem a “paz”.

No início do século XX, a Escola Nova, com o movimento gerador da tradição humanista renovadora, propôs os primeiros fundamentos da educação para cultura da paz. Logo depois, Gandhi também trilhou o mesmo caminho, afirmando que “Não existe caminho para a paz, a paz é o caminho” e a não-violência ativa como princípio de vida para resolução de conflitos de forma pacífica, como a não-cooperação, desobediência e desafio objetivando controlar os governantes e as experiências de alterar e minar políticas governamentais e sistemas políticos.

A partir de Gandhi, este movimento desenvolveu-se em várias direções, como o movimento da igualdade racial, movimento antinuclear e antimilitarista, movimento ecológico, movimento pelos direitos humanos, movimento pelas mulheres e pela igualdade dos sexos, etc.

Em 1948, quando a UNESCO (Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) foi fundada através da ONU (Organizações das Nações Unidas), afirmou em seu preâmbulo na relação entre a paz e a cultura humana que “se as guerras nascem no espírito do homem, é no espírito dos homens que devem ser construídas as defesas de paz”. Em 1949, Maria Montessori lança a o primeiro livro dedicado inteiramente a educação para a paz, intitulado de “A Educação e a Paz”.

No movimento da Contracultura e da geração New Age, na década de 60, a paz passa a receber forte influência das religiões orientais e do referencial teórico e prático de Abraham Maslow no seu movimento do potencial humano nos EUA, que propunha: a liberdade, o diálogo com o outro, autonomia individual em contraponto às instituições sociais , atenção ao presente e as sensações, ampliação da consciência, espiritualidade oriental versus ocidental, desenvolvimento da sensibilidade versus racionalidade, não-rigidez do comportamento, contato corporal, atualização das potencialidades, harmonia com a natureza versus desenvolvimento tecnológico e a crença na energia universal. A partir daí a paz ganha destaque e desemboca no movimento hippie e nas suas propostas de “ paz e amor” e “faça amor nao faça guerra”.

O movimento da contracultura, desenvolveu uma série de macromovimentos socioculturais entre as classes médias do Ocidente, como a reforma do movimento pacifista, esquerdista, feminista; deu forma aos movimentos estudantis, ecológico e de poder cidadão.

No final dos anos 70 e inicio dos 80, com movimento do potencial humano, a paz ganhou contornos de caráter teosófico, vindos das rede da Nova Era, promovendo a transcendentalização do ser humano, pregando que todos os homens possuem uma centelha divina no seu interior e que todas as religiões e tradições místicas são uma única verdade, embora se expressem de formas diferentes e que a paz se dá no nível pessoal, devendo ser cultivada também no plano espiritual.

Em 1986, os membros da UNESCO assinam o Manifesto de Servilha, afirmando que “Que a biologia não condena a humanidade à guerra” e que “A mesma espécie que inventou a guerra também é capaz de inventar a paz.”.

E mais recentemente, em 1999, o conceito de cultura de paz, tomou uma dimensão bem mais ampla em sua publicidade e em seu sentido quando a UNESCO estabeleceu o Ano 2000 como Ano Internacional por uma Cultura de Paz e a década de 2000-2010, como a Década Internacional por uma Cultura da Paz e Não-Violência para as crianças e os jovens no mundo e a cultura de paz passou a ser definida como:

“Um conjunto de valores, atitudes, tradições, comportamentos e modos de vida fundados sobre uma série de aspectos, como por exemplo: o respeito à vida, ao princípio de soberania, aos direitos humanos, à promoção de igualdade entre homens e mulheres, à liberdade de expressão; o compromisso de resolver pacificamente os conflitos; os esforços desenvolvidos para resolver as necessidades planetárias e a promoção do desenvolvimento entre os povos.”

Segundo que para este mesmo órgão, o conceito de paz ou cultura de paz abrange elementos relativos tanto nos macroprocessos, quanto nos microprocessos da sociedade, de forma a incluir todo o corpo social, cultural, econômico e político numa visão mais ampla. Sendo que o termo cultural deve ser entendido como: “expressões produzidas e criadas pela humanidade, portanto, como uma realidade ligada ao ato de aprender e educar e como aquilo que subjaz a estas mesmas expressões”.

Atualmente, depois de tantos investimentos feitos por vários setores da sociedade para a promoção da paz, muitas outras pessoas, grupos e instituições do mundo todo passaram então a engendrar esforços, a se mobilizar e a buscar iniciativas através da educação para substituirmos a cultura da violência para uma cultura da paz.

Infelizmente, em muitos sistemas educacionais a paz não é contemplada, porque ainda se têm em seu processo ensino-aprendizagem associados à reprodução do sofrimento e da violência, ao desprazer e a repetição, a banalização e não a criação, a imaginação e o encantamento.

Caso, voce saiba algum processo histórico e ou alguma história sobre a paz e a formação da sua cultura, contribua postando um comentário!

SEU CANTINHO DA PAZ!


Você que participou da campanha "EU SOU POTÊNCIA DE PAZ" ou que tenha alguma história de vida em que conseguiu agir de forma pacífica e não-violenta, poderia nos contar a sua experiência, certo?


É importante saber de antemão que não precisamos ser uma mártir da paz para que tenhamos comportamentos condizentes com este tão necessário valor humano, pois como ja foi dito paz é aprendizagem, todo dia é dia de aprender um pouco mais a arte de viver em em paz...errando ou acertando!

CONTINUE FAZENDO A SUA PARTE: PENSANDO, SENTINDO, FALANDO, MEDITANDO, ORANDO ... E AGINDO PELA PAZ DO MUNDO!



E DEPOIS NOS CONTE COMO FOI A EXPERIÊNCIA, POIS AGORA VOCE TEM UM CANTINHO PARA COMPARTILHAR E SOCIALIZAR COM TODOS NOS ALGUM ACONTECIMENTO, APRENDIZAGEM, VIVÊNCIA...COM A CULTURA DA PAZ, POSTANDO NO COMENTÁRIO O SEU RELATO...


NUNCA ESQUEÇA QUE TODOS NÓS PODEMOS PROPAGAR A PAZ E AJUDAR A EVITAR A GUERRA E QUAISQUER OUTROS TIPOS DE VIOLÊNCIA NO NOSSO COTIDIANO, POIS UM MUNDO EM PAZ É UM SONHO POSSÍVEL PORQUE SOMOS POTÊNCIA DE PAZ!

VAMOS LÁ AMIGOS, PARTICIPEM!

29 março 2010

WEBQUEST DA PAZ!

?WebQuest?

WebQuest é uma atividade de ensino e aprendizagem que aproveita a imensa riqueza de informações que dia a dia cresce na Web. Existem vários sites onde educadores podem produzir e hospedar webquests com atividades interessantes utilizando as ricas ferramentas da Web.

Exemplos de sites para criar e hospedar suas webquests:

http://webquest.sp.senac.br/

www.webquestbrasil.org/criador/

Aproveitem as informações e criem a webquest de vocês!


Visitem a que criei com a temática da Paz através da Arte, chamada de Campanha Publicitária da Cultura da Paz, CLIQUE NO LINK, ABAIXO:

Versão original brasileira desenvolvida por Jai Brasil:


 
http://www.webquestbrasil.org/criador/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=1303&id_pagina=1


Esta webquest agora é uma adaptação portuguesa da versão original brasileira desenvolvida pelo profº Jai Brasil:

 
http://www.projectos.esffl.pt/phpwebquest/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=26&id_pagina=1

REEDITANDO A CAMPANHA: VOCÊ É UMA POTÊNCIA DE PAZ!


CAMPANHA "EU SOU POTÊNCIA DE PAZ!"


MOVIMENTE-SE! FAÇA A SUA PARTE!
PARTICIPE DESTA MARAVILHOSA CAMPANHA EM PROL DA PAZ NO MUNDO!
O MUNDO EM PAZ É UM SONHO POSSÍVEL PORQUE SOMOS POTÊNCIA DE PAZ!

VOCÊ SABIA QUE TODOS NÓS PODEMOS PROPAGAR A PAZ E AJUDAR A EVITAR A GUERRA E QUALQUER OUTRO TIPO DE VIOLÊNCIA?
SABE COMO?

PENSANDO,
SENTINDO,
FALANDO,
MEDITANDO,
ORANDO ... E AGINDO PELA PAZ DO MUNDO!

NUNCA ESQUEÇA:

VOCÊ É UMA POTÊNCIA DE PAZ!

A PAZ DO MUNDO COMEÇA EM CADA UM DE  NÓS E SE PROPAGA AONDE ESTIVERMOS!

MONOGRAFIA SOBRE: EDUCAÇÃO EM ARTES VISUAIS: CAMINHO PARA CONSTRUÇÃO DE UMA CULTURA DA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA ATIVA

Olhar em Busca da Paz- Jai Brasil - 2009

Há pouco tempo fiz uma extensa pesquisa sobre Educacao, Arte e Cultura da Paz para a conclusão do curso de Especialização em Arte-Educação da UFBA (Universidade Federal da Bahia), ela foi aprovada e assim que publicar coloco mais informações sobre a mesma no blog, abaixo segue o resumo da monografia:

 
RESUMO DA MONOGRAFIA

A presente monografia intitulada Educação em Artes Visuais: caminho para construção de uma Cultura de Paz e Não-Violência Ativa reúne informações e reflexões sobre a pesquisa teórica qualitativa com um estudo de caso comparativo tendo como objeto de referência a Escola Estadual Tereza Helena Mata Pires localizada na cidade de Salvador-Ba. Busca-se compreender os processos de ensino-aprendizagem da educação em artes e artes visuais aliados aos princípios de uma educação para a cultura de paz e não-violência ativa utilizando-se como referência teórica de arte e artes visuais: Ana Mae Barbosa e Rosa Iavelberg, etc.; da educação, destaco Paulo Freire, Edgar Morin e L. S.Vygotsky, etc.; da educação para a cultura de paz, destaco Pierre Weil e Xesús R. Jares, etc; da cultura de Paz: a UNESCO (Organizações das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e do programa da cultura da paz, destaco Roberto Assagioli/Ruth Brasil Mesquita. Tendo como objetivo a possibilitar o desenvolvimento de uma poética do belo e a estética do bem na vida cotidiana para que os educandos possam aprender a arte de viver em paz, tornando-se indivíduos mais sensíveis, reflexivos, críticos, conscientes e (re) criadores de um mundo mais pacífico, digno e humano. Sabemos que é um grande desafio educar pela paz, no contexto de extrema violência da sociedade atual, principalmente num ambiente escolar que vive as voltas com a realidade de uma cultura de violência. Porém, neste momento é urgente à construção deste essencial paradigma cultural, se quisermos uma sociedade e uma escola verdadeiramente democrática, inclusiva e de qualidade, a paz não pode ser mais negligenciada, devendo ser conquistada e incorporada paulatinamente e permanentemente por todos nós de acordo com a poética do belo e a estética do bem nas relações humanas e no cotidiano das suas atividades.


Palavras-Chave: Arte – Cultura – Educação – Estética – Paz – Violência.