19 junho 2011

MESTRE DA PAZ 7


Bem-Aventurada Dulce dos Pobres

O amor supera todos os obstáculos, todos os sacrifícios. Por mais que fizermos, tudo é pouco diante do que Deus faz por nós. "
 Irmã Dulce


Irmã Dulce, ficou conhecida como o "Anjo Bom da Bahia",  foi uma grande trabalhadora pelo estabelecimento da paz, em especial da paz no nível social, justamente porque dedicou a sua vida para ajudar os necessitados do pão material, moral e espiritual.

Dedico esta postagem, por dois motivos, pelo seu recente processo de beatificação e  como forma de reconhecimento, gratidão e divulgação  das  suas realizações como emissora da paz, porque fui um trabalhador da sua grande obra na área de educação e conheci vários dos teus "filhos" que foram criados por ela com muito amor e que saíram de uma vida de extrema pobreza e miséria e se tornaram grandes e respeitados cidadãos, demonstrando o exemplo do resultado do seu  dignificante trabalho.

Independente de diferenças religiosas, de situação social ou quaisquer outros motivos, bastou ser um necessitado que a Irmã cuidava generosamente de todos, sem distinção e se não tivesse condições, aceitava-os do mesmo jeito e  saía pelas ruas de Salvador, batendo nas portas de quem podia para atender aos teus necessitados.

Do seu grande legado, além da inestimável dedicação, cuidado e  do amor ao próximo,  podemos destacar um hospital, chamado de Hospital Santo Antônio, grande referência na área de saúde em atendimentos às pessoas carentes; um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, em Salvador e um orfanato que hoje é uma escola, o Centro Educacional Santo Antônio em Simões Filho.

No livro "Reflexões sobre a Paz,  de Assagioli/Brasil tem uma frase interessante que diz assim "As necessidades humanas não atendidas são gritos de guerra, as necessidades humanas atendidas são expressões de paz.". Então pensando nesta frase e nos milhões de necessitados do mundo,  sugiro que cada um de nós procure solidariamente, da forma que pode, ajudar  no atendimento das necessidades de um irmão nosso (próximo ou distante), para que a paz consiga sair do pensamento errôneo da inércia e se estabelecer definitivamente no campo da ação, que é o seu verdadeiro sentido.

Querendo conhecer e ajudar carinhosamente e caridosamente a manter viva a memória e todo o esforço de Irmã Dulce, clique no link abaixo e você saberá como:

http://www.irmadulce.org.br/obrassociais/fale.php




14 junho 2011

IMPORTÂNCIA DO ESTUDO E DO TRABALHO


Desde o dia 1ª de maio que venho desejando escrever algo sobre o assunto, quero dizer "trabalho  aliado ao conceito do binômio estudo-conhecimento" no contexto da educação para a Cultura da Paz, que neste caso tem um sentido mais amplo, como possibilidade de ação libertadora que permite que o homem (nós educadores e os educandos) se libertem da ignorância de si mesmos e da realidade da vida, favorecendo assim o bom-senso e o discernimento e facilitando a nossa evolução como ser humano.

Estava precisando de um estímulo, no momento desta data não consegui vislumbrar, mas li rapidamente uma reportagem não sei informar exatamente onde, que as crianças e os jovens não só brasileiros, como do mundo todo, estão perdendo o interesse pelo estudo, mediante excessos de informações do mundo externo, principalmente as do mundo virtual. Tentei localizar a revista, mas não consegui encontrar, então resolvi escrever assim mesmo, sem a constatação desta importante referência.

Como educador, fiquei extremamente impressionado com esta situação, que infelizmente não é muito difícil de se constatar, pois é bastante perceptível em nosso cotidiano escolar, o total desinteresse e apatia dos educandos em realção aos estudos e a aprendizagem dos conhecimentos, como se não fossem recursos importantes para o  desenvolvimento de suas vidas no presente e no futuro. Vale a pena frisar que  o desestímulo dos educadores mediante contexto atual (convenhamos que  de sempre)  em relação ao descaso das nossas autoridades políticas com os rumos da educação, também é possível que seja um agravante desta situação.

Penso que são muitos os motivos que levam nossos educandos ao desinteresse pelos estudos, também bastantes  complexos e diversificados para serem facilmente identificados, precisamos fazer uma séria e extensa análise de todos os fatores que os levam a inércia, a  preguiça, ao desperdício da inteligência e de todas as potencialidades humanas. 

É muito gratificante quando percebemos que nossas crianças e nossos jovens estão crescendo, evoluíndo na escola e na vida.  Mas, para isso é preciso que sejam estímuladas no seio da sua família, muitas vezes a criança perde o interesse pelo estudo por falta de estímulo e de exemplos em casa. Na escola se dá o mesmo, elas necessitam ser estimuladas, mas muitas vezes o sistema educacional  e muitos de nós educadores nos  perdemos no verdadeiro sentido da educação que é a o estímulo  da boa aprendizagem.

Seria interessante retomar este real sentido da educação e investir no trabalho educativo que amplie as possibilidades de compreensão e respeito a aprendizagem de cada indivíduo e tentar (mesmo com o excesso de educandos em uma única sala e o excesso de carga horária de cada educador) realizar um trabalho que os estimule naquilo que eles trazem como potencialidade para que se amplie o interesse dos mesmos sobre os estudos, a apreensão dos conhecimentos e também do trabalho do educador.

Educadores e educandos estimulados, sempre será uma garantia de qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

Percebo que muitos educandos mesmo estando dentro de um espaço escolar e sendo óbvio o motivo, não sabem o que estão exatamente fazendo neste contexto, muitos não conseguem responder de forma segura e geralmente pensam que são obrigados pelos pais e pela sociedade. Com isso, os educandos necessitam saber o real objetivo da educação e da importância dos estudos-conhecimentos para o progresso de si mesmos como seres humanos.

É obrigação da família e da escola orientá-los neste sentido, caso queiram que eles se engendrem esforços suficientes para educar-se e também humanizar-se.

Penso que estudar é algo individual, mas educar, é responsabilidade de todos, mesmo com os excessos de informações externas e muitas vezes sem sentido para as suas vidas, crianças e adolescentes só as utilizarão de forma proveitosa e consciente para a sua vida interna (a verdadeira) e só poderão estar estimulados para os estudos e os conhecimentos que realmente são importantes se forem bem orientados por todos (pais, familiares, educadores, etc.). 

Caso contrário, serão orientados e estimulados pela nossa sociedade consumista e capitalista para a ampliação das suas paixões primárias, da inteligência equivocada e da  percepção distorcida da vida, vivendo em função da coletividade muitas vezes desvairada, sem a real percepção e compreensão de si mesmo e da vida, sendo que é do conhecimento de todos que  nestas situações  é que moram todos os perigos desta vida.

Paz é aprendizagem! Então, investir numa educação para a construção da Cultura da Paz e Não Violência Ativa, é um caminho seguro para estimular o desenvolvimento da inteligência, das potencialidades humanas e das qualidades ético-morais de cada educando e também dos educadores. 

O interessante é que  na educação para a paz, nenhum conhecimento é imposto, mas sim construído. Os educandos são  orientados  ao trabalho de pesquisa-ação para  que possam  descobrir, com o apoio dos educadores quais conhecimentos são necessários e importantes para que eles possam enfrentar os desafios da vida de forma mais harmônica e equilibrada, ao invés de perderem no turbilhão de situações reativas e informações muitas vezes sem sentido para as suas vidas.  

Educar para a paz, é educar para a consciência de ser humano, para a aprendizagem de conhecimentos realmente necessários para   o desenvolvimento da nossa humanidade, que nos oriente para ampliar a percepção do cuidado e do respeito consigo mesmo, com os outros e com o meio ambiente; para que possamos utilizá-los no presente e no futuro de forma ética, justa e solidária, para o trabalho digno e para as práticas nas sendas do amor, do bem e do belo.

Que possamos refletir e ampliar mais este texto com as ricas contribuições de vocês, queridos leitores deste Blog. Sugiro que façam comentários para buscarmos as causas e possíveis soluções para esta questão!

Muita paz 



05 junho 2011

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


O Dia Mundial do Meio Ambiente foi criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano. Entretanto, 39 anos depois, o planeta continua ameaçado de colapso ambiental  por conta da irresponsabilidade e da ganância humana, que só vislumbra o fortalecimento do poder econômico e o do lucro indiscriminado.

Desde então, no dia 05 de Junho é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que chama a atenção para a criação de ações conjuntas e  políticas de povos e países para aumentar a conscientização, a preservação ambiental e o uso sustentável dos seus meios.

O tema deste ano, "Florestas: a Natureza a seu Serviço", ressalta a conexão intrínseca entre qualidade de vida e saúde dos ecossistemas florestais, e abrange, também, o Ano Internacional das Florestas da ONU.

Bem no Ano Internacional das Florestas, foi provada pela Câmara Federal na última semana de maio, o novo Código Florestal, que deverá ser votado no Senado ainda esta semana. O relator do projeto, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), garantiu que não haverá alterações e que 98% do código está aprovado. Boa parte dos ambientalistas brasileiros tem a esperança que a presidente Dilma Roussef vete o novo código ou, pelo menos, não permita a diminuição de área de preservação permanente (APP) e a anistia dos desmatadores que respondem a processos e pagam multas, pontos polêmicos do novo código.

Estes ambientalistas, outros  cientistas e estudiosos do assunto temem que nossas florestas sejam totalmente devastadas e consideram este novo código, um retrocesso um retrocesso na política ambiental brasileira. Segundo os ativistas, o novo código comprometerá o todo o ecossistema, causando excessos de chuvas, ou seca, problemas com polinização, controle de pragas, erosão do solo e perda de produtividade.

Sendo assim, todo cidadão brasileiro poderia  se sensibilizar com o futuro das nossas florestas e também  da nossa sobrevivência e mobilizar-se para pressionar o digníssimo deputado e relator Aldo Rabelo, o  Senado e a nossa Presidenta para que repensem as mudanças e aprovem um código realmente florestal, pois este que está aí para ser aprovado é muito mais para defender aos interesses agrícolas, que ambientais. 

Nas escolas, seria interessante e importante que nós educadores  reflitamos sobre esta temática e assim criarmos atividades teóricas e práticas baseadas na proposta da Paz Ambiental (Educação e Consciência Ambiental),* objetivando orientar os educandos para a necessidade de conscientização  sobre a importância do meio ambiente para a nossa sobrevivência (somos um elo de um todo), da sua preservação e do uso responsável dos seus recursos.


Muita paz! 


*Já foi publicado no Blog, uma postagem específica sobre o assunto.